Estive hoje em uma visita muito agradável na casa de pessoas dignas. Em conversa suspensa, sem nenhuma frivolidade, tive que, num comentário sorrateiro, ouvir o que irei dividir com vocês. Inicialmente, por ter "pego" o assunto no seu fim e não querendo sentar na janela e dar tchau (nem mandar beijinhos, como uns e outros perdidos deste mundo), pedi educadamente que repetissem a história para que fosse assumido o grau verdadeiro de compreensão. Ao escutar com cautela, pensei de imediato: "parece piada, mas é o mundo real!!!", porque sem preocupação qualquer, dei aquela gargalhada e bati palmas por tanta presença de espírito na resposta de minha narradora.
Imaginei a importânica (já que o blog remete à esta palavra no seu lato senso), e resolvi aqui registrar...
Um senhor de 60 anos de idade, de profissão que presume um alto grau cultural, encontrou sua amiga, uma mulher de seus 30 e poucos anos, casada, também uma profissional, num momento eventual. Esta, estava com seu filho de quase 3 anos no braço. Detalhes importantes: ela, uma mulher caucasiana, loira, o filho, um mulato lindo. Tão de repente quanto o encontro destas duas figuras, fora a pergunta impetrada pelo senhor: "E este crioulo, buscou na áfrica?" Ela, num entermeio entre atônita e nos milésimos de segundo da necessidade de uma resposta, não pestanejou: "Não, busquei o pai!"
Esta é em homenagem ao "crioulo" que estava nos braços de uma Mãe, com 'M' maiúsculo, uma criança lindíssima, amada, que carrega na cutis a herança de um sangue que está em todos nós que nos denominamos brasileiros!
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