domingo, 27 de fevereiro de 2011

Eu nunca quis ser mãe!


texto que escrevi à minha filha Maria Luíza no seu 1º aninho, naquelas minhas sentadinhas de 15 minutos de inspiração...


Eu nunca quis ser mãe. É! É isso mesmo! Não que eu não quisesse ser mãe agora, eu não queria MESMO ser mãe! E nunca escondi isso de ninguém, sempre dizendo à todos, não quero casar, não quero ter filhos...

Mas a vida, essa me pregou uma peça. E veio Anderson. E não menos que de repente veio Maria. Maria em homenagem à avó saudosa. O pai Anderson Luíz então, Maria Luíza.

Maria Luíza, linda, um anjo, pura, inocente, abençoada, cristã, também fofa, gostosa, sapeca, esperta, safadinha, uma coisinha de Deus, uma princesa, minha principeza.

E minha vida? BUM! Eu não fui criada, não estudei tanto pra isso: fraldas – ah, intermináveis fraldas – papinhas, frutinhas, mamadeiras – esterilizadas sempre é claro – horários, e as roupinhas? Lavadas à mão, guardadas uma a uma, com cuidado, roupinhas de frio, shortinhos e blusinhas, conjuntinhos para passeio e os vestidos, quantos vestidos!

“Eu queria um dia acordar, acordar às seis da manhã, que seja, mas porque eu acordei e não porque fui acordada”, eu disse à minha mãe, e ela riu, é mole?! Queria minha carreira, minhas leis, minhas laudas, minhas audiências, meu trabalho, mas, eu tenho você!

Você Maria, Luíza, às vezes parecem duas...risos, e que ironia a vida, pois ela me deu você, linda, um anjo, pura, inocente, abençoada, cristã, também fofa, gostosa, sapeca, esperta, safadinha, uma coisinha de Deus, uma princesa, minha principeza, minha ÚH, ÚH, ÚH, e me deu minha família, pai, mãe, letk’s, lid’s, e me deu Anderson. Nossa, quanta coisa a vida me deu! Me deu amigos, tantos, leais, próximos.

Me deu você! Maria Luíza! Que vale cada segundo do meu dia. Que me inunda com seu sorriso, suas descobertas, seu choro, seu beijo, seu abraço colocando-me para nanar. Não! E o bico que você faz quando se concentra em algo? Ah, esse bico é de morrer de tão lindo! Sua saúde, seus cabelos dourados, essa boquinha delicada, esse pezinho mexelhão, e esse bumbum, “bão” de morder? E as benditas coxas que ainda serão judiadas de tantos beliscões?

Você Maria, vale cada instante, cada minuto sem dormir, sem comer, sem me arrumar direito (bichinho impaciente, puxou mamãe, puxou papai, risos).

VOCÊ MARIA, VALE TUDO, VOCÊ É TUDO, VOCÊ É MUITO, QUE IRONIA “EU NUNCA QUIS SER MÃE” ka, ka, ka, imagina se quisesse, eu seria insuportavelmente mãe.

E agora, seu primeiro aninho, doze meses que a vi pela primeira vez....e chorei, e a amei, e a amo, mais que tudo nessa vida, que amor é esse? Deus, suas coisas são tão perfeitas, você sempre escrevendo certo por linhas retas, a gente é que lê torto, pensem nisso, eu sou um exemplo disso.

FELIZ ANIVERSÁRIO MINHA FILHA. QUE DEUS CONTINUE A TE ABENÇOAR E TE FAZER ASSIM LINDA, e menos impaciente se der, tá Deus? Risos.
Amo muito você. Mamãe.


vejam o banner do texto que ficou exposto no aniversário!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pontualidade B de britânica ou B de brasileira mesmo?

Eu sou uma pessoa absurdamente pontual. Não só por questões de educação, mas por uma razão que corresponde muito bem a 3ª lei de Newton. Eu odeio esperar, portanto evito o máximo deixar os outros esperando, na tentativa de que sendo pontual com os outros, estes teriam a mesma preocupação em o ser comigo.

Explicando: terceira lei de Newton: ação e reação (Se um corpo A exerce uma força em um corpo B, o corpo B simultaneamente exerce uma força de mesma magnitude no corpo A— ambas as forças agem pela mesma linha.). Mas não por suas qualificações da ciência da física, mas adaptando referida teoria aos “movimentos” e ciência sociais.

Assim sendo, se uma pessoa marca comigo, não só lá estarei, mas estarei na hora marcada. Se um convite diz que a festa inicia às 18h, às 18h estarei adentrando o salão, afinal, remetendo-me à “ação e reação”, eu que já fiz várias festas, sempre fico aflita quando passa mais de meia hora marcada no convite e ninguém ainda chegou, isso é pavoroso. Se sou convidada para algo e afirmo que irei, EU IREI, com chuva, sol, frio, calor, o clima não interfere na minha educação (assim como a educação dos outros – ou a falta desta – também não interfere). E se, por um acaso do destino, eu não puder ir, EU LIGO AVISANDO DE MINHA AUSÊNCIA, mas não menos importante, independente de minha ausência física, o presente destinado ao evento: aniversário, casamento, chás de bebê, panela, etc... ESTE VAI, mesmo que seja entregue em data diversa da festa. Sabe qual a razão da obrigatoriedade do presente ir mesmo quando a pessoa não comparece na festa? A mais óbvia de todas: o anfitrião ao te convidar contou com sua presença na lista e fez o cálculo da comida, bebida, cadeiras alugadas, garçon (se for o caso do evento) para que você e todos os convidados sejam bem atendidos, bem servidos. Traduzindo, o anfitrião gastou para você estar presente, se você não foi, além de desprivilegiar a comemoração, a grosseria aumenta mais se você não presentear, pois o prejuízo do anfitrião não será só social, mas também financeiro, entenderam? E nada de baixo padrão afirmando: “se não fui, não comi, então o presente também não vai”!

Saindo da questão presença e presente e voltando à questão da pontualidade, alguns reclamam quando fico puta por ter ficado esperando pela pontualidade dos outros, mas AMAM me convidar para algo, ou marcar compromisso comigo, pois sempre pensam: “ahh a Lílian? Certeza que chega na hora, certeza que estará presente, por isso sempre à convido”. E já ouvi isso da boca de muitos (uma vez até pela porta: eu estava chegando num chá de open house, e antes que tocasse a campainha – chegando na hora marcada é claro, mas as anfitriãs estavam aflitas – acabei escutando: “fica tranquila fulana, a Lílian virá, ao menos ela!”. E não é que foi um presságio? Pois naquele chá, somente eu compareci, mais nenhum convidado, situação aliás que passei mais de uma vez).

Pensando em todas estas questões aqui relatadas, me considero uma pessoa de pontualidade B, de britânica!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

parece piada, mas é o mundo real...

Estive hoje em uma visita muito agradável na casa de pessoas dignas. Em conversa suspensa, sem nenhuma frivolidade, tive que, num comentário sorrateiro, ouvir o que irei dividir com vocês. Inicialmente, por ter "pego" o assunto no seu fim e não querendo sentar na janela e dar tchau (nem mandar beijinhos, como uns e outros perdidos deste mundo), pedi educadamente que repetissem a história para que fosse assumido o grau verdadeiro de compreensão. Ao escutar com cautela, pensei de imediato: "parece piada, mas é o mundo real!!!", porque sem preocupação qualquer, dei aquela gargalhada e bati palmas por tanta presença de espírito na resposta de minha narradora.
Imaginei a importânica (já que o blog remete à esta palavra no seu lato senso), e resolvi aqui registrar...

Um senhor de 60 anos de idade, de profissão que presume um alto grau cultural, encontrou sua amiga, uma mulher de seus 30 e poucos anos, casada, também uma profissional, num momento eventual. Esta, estava com seu filho de quase 3 anos no braço. Detalhes importantes: ela, uma mulher caucasiana, loira, o filho, um mulato lindo. Tão de repente quanto o encontro destas duas figuras, fora a pergunta impetrada pelo senhor: "E este crioulo, buscou na áfrica?" Ela, num entermeio entre atônita e nos milésimos de segundo da necessidade de uma resposta, não pestanejou: "Não, busquei o pai!"

Esta é em homenagem ao "crioulo" que estava nos braços de uma Mãe, com 'M' maiúsculo, uma criança lindíssima, amada, que carrega na cutis a herança de um sangue que está em todos nós que nos denominamos brasileiros!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

crônica quando fizemos nossa primeira mudança...

Alguns já leram, mas vale à pena postar...

A separação me trouxe à Campo Grande, e a união me tirou daqui. É com estas palavras que inicio mais uma crônica. Aquela que descreve minhas expectativas e o meu pesar.
Foram dezoito anos, dezoito anos de uma vida construída nesta terra, terra que pensei que jamais fosse morar.
Terra aliás que nunca quis morar, pois foi a dor que aqui me trouxe, a dor da separação dos meus pais, a dor da perda de um pai aos nove anos de idade, dor da qual nunca me recuperei, pois este pai também não foi recuperado.
Mas a vida é assim, todos passamos por percalços, e isto nos leva à vida adulta. Enfim, aqui eu cresci, aqui estudei, aqui conheci seres humanos e também aqueles que pensam ser. Aqui beijei pela primeira vez, aqui fui traída, aqui construí amizades ternas e amizades eternas. Aqui me formei no meu sonho e aqui trabalhei, mas aqui também não efetivei meus planos, que um dia sei que efetivarei. Aqui briguei, me revoltei, gritei e esperneei, por tudo aquilo que discordei. Aqui amei, chorei (e muuuuito), me acostumei, às pessoas, à cultura, ao clima, às baladas, ao ritmo quase inexistente desta cidade calma, quase em transe...
Difíceis são as mudanças, é fácil se acostumar com as coisas, difícil é perder hábitos, o hábito de passar na “tia fer” para colocar as pernas para o ar, de comer aquele bolo feito na hora na tia Suely, de passar no centro e parar na mamys para tomar uma água e lhe pedir bença, de ir ao sítio dos avós aos domingos passar um dia com a natureza e com eles claro, de almoçar na “tia ivonete” naquele domingo que acordávamos tarde e não sabíamos onde comeríamos e de repente, recebíamos uma ligação nos convidando, aliás, convite recorrente da Fernanda também (fora natais, réveillons, páscoa e adjacentes, né fer?), de ter a casa de portas abertas por toda a semana recebendo amigos, íntimos, perdidos, uns que dormiam em casa, outros que só davam um “pulinho”, uns que me procuravam como advogada, outros como conselheira, uns até à beira de uma psicanálise, risos, difícil, difícil deixar tudo isso, difícil desconectar-me de uma vida, difícil ficar longe de minhas irmãs, com quem desde que me entendo por gente, tenho por perto, para reclamar, chorar, brigar e principalmente me apoiar, será difícil letks, lidi, deixar vocês.

Aos amigos que não citei, não se incomodem, vocês me conhecem, conheço pessoas diversas, de idades, finanças, interesses, tudo diferente, por isso nunca consegui juntá-los por total, mas tentei!
Como filha, queria ficar, como irmã também, como mãe, mais ainda pois sei a falta que vocês farão na vida da Maria e a que ela lhes fará, mas como esposa e como profissional, estou esperançosa, cheia de expectativas, de muito trabalho, de muita conquista, por isso choro e ainda muito chorarei, mas a vida é cheia de escolhas, e eu, escolho eu. Beijo no coração de todos, fiquem com Deus e fiquem de olho nas promoções de passagens de avião, porque daqui até lá, é chão! Tchau!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

resumo da crise dos 30, sem indiretas

Sabe qual é o meu problema??? O meu maior defeito de personalidade?
Eu quero que todos à minha volta, mesmo aqueles que sei que não gostam de mim, estejam bem, fiquem bem, vivam bem...
Traduzindo! Eu, querendo ajudar, ser boa, acabo sendo enxerida, intrometida, me meto em assuntos que não me pertinem, as pessoas me julgam muito mal por isso, achando que penso que sei tudo, que eu me acho e blábláblá...Por isso sou mal vista!
Eu tenho que largar de ser boba (não confundam bom, com bobo) e querer ajudar todo mundo, porque no fim, sempre sobra prá mim...E depois que a gente orienta, avisa, argumenta (isso porque a pessoa me procurou para saber minha opinião, e não porque fui exaurindo-a simplesmente) e acontece o que tentei evitar, sabe q dá vontade, aliás enorme, de dizer a famosa frase?
BEM QUE EU TE AVISEI!
Mas fico na minha e assim me manterei, enquanto estiver em suspenso, desisti!E a gente sabe, quando uma pessoa nos procura expondo uma situação nos pedindo opinião, é básico: se damos a dica certa e a pessoa o faz e dá certo, nem lembra que foi o fulano quem deu a idéia, mas se deu errado, “poutzzz grila, porque fui escutar os outros”.
As pessoas vivem suas vidas sempre culpando aos outros, nunca assumindo suas próprias responsabilidades.
O inferno tá cheio de boas intenções, e eu cansei de ser julgada!Por fim, coloquei na cabeça que não são os outros que estão errados, a errada, SOU EU!
FELIZ 2011!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

finaly


É, isso mesmo, finaly, finalmente, finalmente inauguro este blog. Aliás a idéia deste fora de uma das pessoas que justificam seu título, sua idéia inicial, Letícia minha irmã, que sempre curtiu meu modo exonerado, extrovertido, por vezes frenético de expressar sentimentos, pensamentos, ocasiões. Entretanto, eu entraria para o Guinnes se houvesse a categoria “MAIOR TEMPO ENTRE ABERTURA E ESCRITA EM BLOG”, pois foram quase 8 meses neste ínterim, acreditam? Pois é verdade...
Feita as considerações, vamos aos trabalhos.
Pessoa mais importante do mundo. Para alguns o título refletiria o significado que algumas pessoas assumem na vida de outras, seu grau de importância, mas esse não é o destino deste blog, aliás no fim, talvez nem o que irei esclarecer o seja. Serei mais clara, aos poucos.
A idéia do título reflete diretamente na discussão de um tema tão "importante" quanto a palavra nele inserido. Você conhece alguma pessoa que, toda, toda vez que você à procura, liga, aparece, seja no real ou no virtual, ela sempre, SEMPRE, está ocupada? Saindo/entrando de uma reunião, finalizando um trabalho com prazo peremptório, preclusivo, prescricional (seja qual for sua área de atuação???), pagando contas vencidas, conversando assuntos inadiáveis, comprando ítens urgentes, ufa, ufa, enfim..., a pessoa nunca está disponível. Pois então, eu conheço! E não apenas uma, mas inúmeras. Confesso que já tentei de todas as formas entendê-las. Será pelo ritmo da vida moderna ou pelo fato de que se mostrando inacessíveis daí sim assumem um grau de importância no meio em que estão inseridas?
Seja por um ou outro, ou mesmo pelos dois motivos, ou por outro que agora me tenha fugido, declaro: cansativooooooo! E é em homenagem à estas pessoas que inauguro este, no estilo finaly, finalmente!