sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

divagações da madrugada...

O que adianta ter bolso e não ter berço?

Para ser admirado por aqueles que não tem bolso, tampouco berço?

Mas adianta ter berço e não ter bolso, porque com o berço, se vai ao longe!

O complicado é não ter nem bolso, nem berço...aí f.......

e foi pensando em VOCÊ que escrevi isso, mas lembre-se, não se dê tanta importãncia!

Eu sempre fui uma pessoa franca, no último grau, com o tempo, percebi que minha franqueza deveria ser mais seletiva e passei a ser franca apenas com as pessoas que são importantes e fazem diferença na minha vida. Para as demais, sou tão somente educada, e para algumas poucas, não consigo ser nada, porque nada para mim elas são!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Homenagem à minha avó Maria...

Abençoada hora aquela que meu avô Paulo brilhou os
olhinhos quando viu as canelas de minha avó Maria! Se não fossem aquelas
belíssimas canelinhas e o espírito apaixonado de meu avô, talvez eu, e alguns
de nós aqui presentes não teríamos vindo à este mundo, ao menos não nesta
família.
Família! Foi isso que ela nos deixou, nossa
família! Tão numerosa. Seis filhos, para mim cinco tios, pois tive a bênção de
ser filho de um dos filhos de Dona Maria. Família! Esta foi sua grande herança.
Tio Carlos, sempre com suas idéias, seus tantos negócios, as pizzas no mixam,
inesquecíveis! Tio Paulinho, com suas brincadeiras, irritantes por vezes, mas
memoráveis! Tio Reginaldo com suas tiradas fantásticas, que ao mesmo tempo que
nos surpreendem, nos arrancam enormes gargalhadas! Tio Cácio com suas piadas, e
até hoje muito embora tente ser sério, com um sorriso maroto que ficou
registrado em nossa infância! Tia Neves, com seus bolos de chocolate – que bom
que parou de fazê-los – com sua paciência e conselhos, professora de todos nós,
agora o novo seio de nossa família! E por fim, meu pai, Adauto, com sua
inteligência e cultura, sempre inundou à todos com seu conhecimento, tendo
sempre uma opinião cheia de idéias e informação. E meus primos? Verdadeiros
irmãos! E são a principal herança de tudo isso! Ê vô Paulo, benditas canelas,
foram elas que me deram você! Agora tenho em você a lembrança da vó Maria,
grande mulher, como poucas nesse mundo de Deus. Grande matriarcal, conseguia
orientar a família sem ser intromissiva. Com sua sutileza ia derramando seus
conselhos cheios de amor, isenção, inteligência! Grande mulher! Com seus
eternos bobinhos no cabelo! Com suas receita indescritíveis, alimentando toda
sua família. Vocês sabiam que ela sempre soube qual era o prato favorito de
cada um de nós? E lá ia ela com sua mãozinha linda nos servir os pratos, sempre
dizendo: “minha mão está limpa, viu?!” Ê vó Maria, sempre soubemos que estava!
Nunca mais poderemos ser alimentados por suas
receitas, mas o maior alimento que precisávamos, você nos deixou: o seu amor!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A pena de morte, assim como qualquer outro tipo de pena cruel e degradante nunca, NUNCA, irá diminuir a criminalidade e/ou a incidência de crimes horrendos, hediondos e que chocam toda uma sociedade. E os raciocínios para derrubar qualquer mente limitada e pré-conceituada são muito simples: ninguém, NINGUÉM comete um crime pensando em qual seria a penalidade deste pois a pessoa ao cometer se eleva num nível no qual se considera que nunca será "pego". Por que na idade média as pessoas amavam assistir e participar de execuções públicas? Pelo fato de que elas se consideravam superiores àqueles que estavam ali sendo julgados, inclusive lhes atirando vegetais para aumentar-lhes a humilhação: ou por elas acreditarem q não cometem crimes, ou por se acharem mais espertas, e por tal, nunca seria descobertas. Primeiro: todo mundo comete crime! Calúnia, difamação? Numa mera sentada de fofoca já era! Apropriação indébita? Só não devolver o cdv/dvd que pegou emprestado. Corrupção ativa? "Pô seu guarda, libera aí a multa, ó, cinquentinha", enfim, a lista é interminável e "a ocasião faz o ladrão". Temos que colocar em nossas mentes: 34 estados americanos são adeptos da pena capital e hoje os teólogos americanos são os top em criminologia pois, de sua cultura derivam as mentes criminosas mais intrigantes e os estados americanos que aplicam esse tipo de pena têm índice de crimes hediondos superior aos que não aplicam, engraçado né? No Brasil, diante de nossas realidades, seria uma perfeita máquina de matar pobre, não acham?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

À minha mãe...

Meus pais se separaram em 1990, aos quase 31 anos de vida de minha mãe. À época, ela não havia terminado seu segundo grau pois casara aos 17 anos e aos 21 já era mãe de 3 filhas. Recuperando-se do término de seu casamento, que imaginara que seria até o fim de sua vida, com três pré-adolescentes, decidiu voltar a sentar nos bancos da escola. Fez seu magistério, formou-se em pedagogia pela UFMS e, desde então nunca mais parou de estudar, de se especializar. Curiosa, interessada no aprendizado, ingressou no ramo da educação de crianças portadoras de necessidades especiais, especificamente àquelas que possuem algum tipo de retardo mental.
Cumulou ao longo de anos brinquedos, recursos, livros, filmes, bonecos, tudo que pudesse ser capaz de desenvolver o raciocínio, a curiosidade, a cultura, o entendimento, o desenvolvimento de seus alunos especiais. Fez provas, passou em concursos, preencheu todos, TODOS OS REQUISITOS necessários para estar à frente de uma “Sala de Recursos”, local que estes alunos possuem, dentro do ensino público, como uma atividade extra que lhes possa oferecer algum tipo de suporte direcionado às suas necessidades de aprendizado.
Ano a ano, convocação a convocação, foi empreendendo seus métodos, estudando caso a caso, formando laços afetivos e até familiares com seus alunos, inclusive envolvendo à nós, filhas, em sua atuação, de modo amistoso, com muito carinho e amor. “...Mas a vida, essa sim é uma caixinha de surpresas...” lhe impôs dificuldades, dificuldades estas das quais não deveria nunca ter passado. Aqueles que deveriam ter o dever legal, moral e funcional de lhe oferecer suporte, orientação, apoio, foram os primeiros (e únicos diga de passagem) à lhe subjulgar, submeter, menosprezar e torturar-lhe psicologicamente no âmbito do trabalho, trazendo-lhe sofrimento, de tal forma, que causou-lhe depressão, inclusive com afastamento do trabalho que tanto ama executar. Afastamento este devidamente atestado por médico competente e confirmado por mais de uma vez por Junta Médica designada pelo município no qual labora.
Sentindo-se abandonar seus alunos mais que especiais, esforçou-se ao retorno de suas atividades, quando neste ínterim, descobriu estar com outra doença tão devastadora quanto à anterior, câncer. Chorou, deprimiu-se mais, momentos de auto-piedade completamente compreensivos e..., sacudiu a poeira, correu atrás do lucro (e não do prejuízo, em respeito ao bom português), foi e está em busca de seu tratamento.
Licença médica vigente, sempre compareceu na escola onde possui sua sala de recursos, que tanto ama, inclusive tentou o retorno, tendo ido trabalhar alguns dias no segundo semestre do corrente ano. “...Mas a vida, essa sim é uma caixinha de surpresas...” e ao chegar na sua sala, encontrou outra profissional em seu lugar, pensando ser esta uma substituta, estava equivocada, estava demitida, desamparada pela precariedade de seu contrato que não fora renovado, sem qualquer prévia, sem qualquer aviso. Constrangedor, embaraçoso, humilhante! Mais ainda ao saber que aquela que lá se encontra não possui qualquer especialidade, tampouco preenche os requisitos legais e administrativo para ali estar.
E sabem qual a razão destes acontecimentos? Porque minha mãe não é uma boa profissional? Porque ela estaria usando sua saúde como motivo para não trabalhar? NÃO! Por um motivo muito simples e aliás muito característico de nossa família Azevedo: porque ela não sabe bajular, porque ela não toma um bom vinho com a turma do “pode tudo” nos fins de semana frios, porque ela não participa dos “five o’clock tea”, porque ela não é a queridinha daquela que possui o poder de decisão. É justo?
E o que lhe sobra? Depressão por tanta tortura psicológica (“se você não fizer isso...aquilo...ou pedir licença médica...” não renovaremos seu contrato), um câncer que aliás, será somente mais uma de suas provações da vida para seu desenvolvimento espiritual, pois ela o irá transcender, e dívidas pela perda salarial considerável e claro, não poderia deixar de ser, no momento, na hora, que ela mais precisava de profissionalismo, respeito à sua integridade e empenhos profissionais e não obstante, RESPEITO À LEI dos homens e de Deus! Quanto à este último, fiquem tranqüilos, pois será cumprido, mais cedo E mais tarde RESPECTIVAMENTE!
AMO VOCÊ MÃE! TE ADMIRO MUITO E FIQUE TRANQUILA, MARIA TERÁ SUA VOZINHA AINDA POR MUUUUUUITOS ANOS!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Doutora sem doutorado!

Na atualidade, ser um pós-graduado já não é coisa nenhuma, ser um mestre só lhe serve para, na cabeça de muitos, “ser um reles professor de universidade”, ter um doutorado lhe dá o direito de pesquisa e extensão e claro, o título, e por fim, na nossa cultura limitada, ser um PhD, um pós doutorado, lhe dá o direito de ser um esnobe! Tendo falado sobre a limitação do pensamento da maioria, entrarei na questão: Doutora sem doutorado!


Doutora é a nomenclatura – e falarei por enquanto nomenclatura – dada aos graduados nos cursos de direito e medicina no Brasil. E por que isso lhes é “dado”?


Conheço duas explicações: uma história e outra factual!


A história seria a de que Dom Pedro I decidiu exonerar os títulos que antes eram conferidos por sua monarquia (inserindo o pensamento do Grito do Ipiranga, que aliás muitos historiadores afirmam não ter sido um grito – inclusive o humorístico “Terça Insana”, risos – mas isso é discussão para mim superada), deixando portanto de conceder e de manter os títulos de Conde, Barão, Duque. Com a ‘revolta’ das famílias que possuíam referidos títulos e no intuito de aplacar os ânimos, decidiu conceder o título honoris causa (é uma locução latina, em português: "por causa de honra") aos filhos que se formassem nos cursos de Direito e Medicina (alguns em pesquisas histórica afirmam que consideram ainda que o advogado ostenta legitimamente o título antes mesmo que o médico, uma vez que este, ressalvado o seu imenso valor, somente recebeu o título por popularidade...). A lei seria Lei do Império de 11 de agosto de 1827: “cria dois cursos de Ciências Jurídicas e Sociais; introduz regulamento, estatuto para o curso jurídico; dispõe sobre o título (grau) de doutor para o advogado”


A factual é mais simples. Seria pela notoriedade do serviço que o advogado e o médico desenvolvem, causaria a admiração dos leigos, bem como pelo fato de que a natureza do serviço que prestam à sociedade é chamada de múnus publicun (encargo público, função pública) e por tal, lhes confeririam a nomenclatura.


Ou seja, a explicação histórica, confere o título, a factual confere a nomenclatura. Por uma ou por outra, o resultado é o mesmo: Doutor, Doutora!


Por derradeiro, considero-me uma Doutora sem doutorado por título conferido pela história brasileira, afinal como advogada devo levar em consideração a legislação.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Eu nunca quis ser mãe!


texto que escrevi à minha filha Maria Luíza no seu 1º aninho, naquelas minhas sentadinhas de 15 minutos de inspiração...


Eu nunca quis ser mãe. É! É isso mesmo! Não que eu não quisesse ser mãe agora, eu não queria MESMO ser mãe! E nunca escondi isso de ninguém, sempre dizendo à todos, não quero casar, não quero ter filhos...

Mas a vida, essa me pregou uma peça. E veio Anderson. E não menos que de repente veio Maria. Maria em homenagem à avó saudosa. O pai Anderson Luíz então, Maria Luíza.

Maria Luíza, linda, um anjo, pura, inocente, abençoada, cristã, também fofa, gostosa, sapeca, esperta, safadinha, uma coisinha de Deus, uma princesa, minha principeza.

E minha vida? BUM! Eu não fui criada, não estudei tanto pra isso: fraldas – ah, intermináveis fraldas – papinhas, frutinhas, mamadeiras – esterilizadas sempre é claro – horários, e as roupinhas? Lavadas à mão, guardadas uma a uma, com cuidado, roupinhas de frio, shortinhos e blusinhas, conjuntinhos para passeio e os vestidos, quantos vestidos!

“Eu queria um dia acordar, acordar às seis da manhã, que seja, mas porque eu acordei e não porque fui acordada”, eu disse à minha mãe, e ela riu, é mole?! Queria minha carreira, minhas leis, minhas laudas, minhas audiências, meu trabalho, mas, eu tenho você!

Você Maria, Luíza, às vezes parecem duas...risos, e que ironia a vida, pois ela me deu você, linda, um anjo, pura, inocente, abençoada, cristã, também fofa, gostosa, sapeca, esperta, safadinha, uma coisinha de Deus, uma princesa, minha principeza, minha ÚH, ÚH, ÚH, e me deu minha família, pai, mãe, letk’s, lid’s, e me deu Anderson. Nossa, quanta coisa a vida me deu! Me deu amigos, tantos, leais, próximos.

Me deu você! Maria Luíza! Que vale cada segundo do meu dia. Que me inunda com seu sorriso, suas descobertas, seu choro, seu beijo, seu abraço colocando-me para nanar. Não! E o bico que você faz quando se concentra em algo? Ah, esse bico é de morrer de tão lindo! Sua saúde, seus cabelos dourados, essa boquinha delicada, esse pezinho mexelhão, e esse bumbum, “bão” de morder? E as benditas coxas que ainda serão judiadas de tantos beliscões?

Você Maria, vale cada instante, cada minuto sem dormir, sem comer, sem me arrumar direito (bichinho impaciente, puxou mamãe, puxou papai, risos).

VOCÊ MARIA, VALE TUDO, VOCÊ É TUDO, VOCÊ É MUITO, QUE IRONIA “EU NUNCA QUIS SER MÃE” ka, ka, ka, imagina se quisesse, eu seria insuportavelmente mãe.

E agora, seu primeiro aninho, doze meses que a vi pela primeira vez....e chorei, e a amei, e a amo, mais que tudo nessa vida, que amor é esse? Deus, suas coisas são tão perfeitas, você sempre escrevendo certo por linhas retas, a gente é que lê torto, pensem nisso, eu sou um exemplo disso.

FELIZ ANIVERSÁRIO MINHA FILHA. QUE DEUS CONTINUE A TE ABENÇOAR E TE FAZER ASSIM LINDA, e menos impaciente se der, tá Deus? Risos.
Amo muito você. Mamãe.


vejam o banner do texto que ficou exposto no aniversário!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pontualidade B de britânica ou B de brasileira mesmo?

Eu sou uma pessoa absurdamente pontual. Não só por questões de educação, mas por uma razão que corresponde muito bem a 3ª lei de Newton. Eu odeio esperar, portanto evito o máximo deixar os outros esperando, na tentativa de que sendo pontual com os outros, estes teriam a mesma preocupação em o ser comigo.

Explicando: terceira lei de Newton: ação e reação (Se um corpo A exerce uma força em um corpo B, o corpo B simultaneamente exerce uma força de mesma magnitude no corpo A— ambas as forças agem pela mesma linha.). Mas não por suas qualificações da ciência da física, mas adaptando referida teoria aos “movimentos” e ciência sociais.

Assim sendo, se uma pessoa marca comigo, não só lá estarei, mas estarei na hora marcada. Se um convite diz que a festa inicia às 18h, às 18h estarei adentrando o salão, afinal, remetendo-me à “ação e reação”, eu que já fiz várias festas, sempre fico aflita quando passa mais de meia hora marcada no convite e ninguém ainda chegou, isso é pavoroso. Se sou convidada para algo e afirmo que irei, EU IREI, com chuva, sol, frio, calor, o clima não interfere na minha educação (assim como a educação dos outros – ou a falta desta – também não interfere). E se, por um acaso do destino, eu não puder ir, EU LIGO AVISANDO DE MINHA AUSÊNCIA, mas não menos importante, independente de minha ausência física, o presente destinado ao evento: aniversário, casamento, chás de bebê, panela, etc... ESTE VAI, mesmo que seja entregue em data diversa da festa. Sabe qual a razão da obrigatoriedade do presente ir mesmo quando a pessoa não comparece na festa? A mais óbvia de todas: o anfitrião ao te convidar contou com sua presença na lista e fez o cálculo da comida, bebida, cadeiras alugadas, garçon (se for o caso do evento) para que você e todos os convidados sejam bem atendidos, bem servidos. Traduzindo, o anfitrião gastou para você estar presente, se você não foi, além de desprivilegiar a comemoração, a grosseria aumenta mais se você não presentear, pois o prejuízo do anfitrião não será só social, mas também financeiro, entenderam? E nada de baixo padrão afirmando: “se não fui, não comi, então o presente também não vai”!

Saindo da questão presença e presente e voltando à questão da pontualidade, alguns reclamam quando fico puta por ter ficado esperando pela pontualidade dos outros, mas AMAM me convidar para algo, ou marcar compromisso comigo, pois sempre pensam: “ahh a Lílian? Certeza que chega na hora, certeza que estará presente, por isso sempre à convido”. E já ouvi isso da boca de muitos (uma vez até pela porta: eu estava chegando num chá de open house, e antes que tocasse a campainha – chegando na hora marcada é claro, mas as anfitriãs estavam aflitas – acabei escutando: “fica tranquila fulana, a Lílian virá, ao menos ela!”. E não é que foi um presságio? Pois naquele chá, somente eu compareci, mais nenhum convidado, situação aliás que passei mais de uma vez).

Pensando em todas estas questões aqui relatadas, me considero uma pessoa de pontualidade B, de britânica!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

parece piada, mas é o mundo real...

Estive hoje em uma visita muito agradável na casa de pessoas dignas. Em conversa suspensa, sem nenhuma frivolidade, tive que, num comentário sorrateiro, ouvir o que irei dividir com vocês. Inicialmente, por ter "pego" o assunto no seu fim e não querendo sentar na janela e dar tchau (nem mandar beijinhos, como uns e outros perdidos deste mundo), pedi educadamente que repetissem a história para que fosse assumido o grau verdadeiro de compreensão. Ao escutar com cautela, pensei de imediato: "parece piada, mas é o mundo real!!!", porque sem preocupação qualquer, dei aquela gargalhada e bati palmas por tanta presença de espírito na resposta de minha narradora.
Imaginei a importânica (já que o blog remete à esta palavra no seu lato senso), e resolvi aqui registrar...

Um senhor de 60 anos de idade, de profissão que presume um alto grau cultural, encontrou sua amiga, uma mulher de seus 30 e poucos anos, casada, também uma profissional, num momento eventual. Esta, estava com seu filho de quase 3 anos no braço. Detalhes importantes: ela, uma mulher caucasiana, loira, o filho, um mulato lindo. Tão de repente quanto o encontro destas duas figuras, fora a pergunta impetrada pelo senhor: "E este crioulo, buscou na áfrica?" Ela, num entermeio entre atônita e nos milésimos de segundo da necessidade de uma resposta, não pestanejou: "Não, busquei o pai!"

Esta é em homenagem ao "crioulo" que estava nos braços de uma Mãe, com 'M' maiúsculo, uma criança lindíssima, amada, que carrega na cutis a herança de um sangue que está em todos nós que nos denominamos brasileiros!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

crônica quando fizemos nossa primeira mudança...

Alguns já leram, mas vale à pena postar...

A separação me trouxe à Campo Grande, e a união me tirou daqui. É com estas palavras que inicio mais uma crônica. Aquela que descreve minhas expectativas e o meu pesar.
Foram dezoito anos, dezoito anos de uma vida construída nesta terra, terra que pensei que jamais fosse morar.
Terra aliás que nunca quis morar, pois foi a dor que aqui me trouxe, a dor da separação dos meus pais, a dor da perda de um pai aos nove anos de idade, dor da qual nunca me recuperei, pois este pai também não foi recuperado.
Mas a vida é assim, todos passamos por percalços, e isto nos leva à vida adulta. Enfim, aqui eu cresci, aqui estudei, aqui conheci seres humanos e também aqueles que pensam ser. Aqui beijei pela primeira vez, aqui fui traída, aqui construí amizades ternas e amizades eternas. Aqui me formei no meu sonho e aqui trabalhei, mas aqui também não efetivei meus planos, que um dia sei que efetivarei. Aqui briguei, me revoltei, gritei e esperneei, por tudo aquilo que discordei. Aqui amei, chorei (e muuuuito), me acostumei, às pessoas, à cultura, ao clima, às baladas, ao ritmo quase inexistente desta cidade calma, quase em transe...
Difíceis são as mudanças, é fácil se acostumar com as coisas, difícil é perder hábitos, o hábito de passar na “tia fer” para colocar as pernas para o ar, de comer aquele bolo feito na hora na tia Suely, de passar no centro e parar na mamys para tomar uma água e lhe pedir bença, de ir ao sítio dos avós aos domingos passar um dia com a natureza e com eles claro, de almoçar na “tia ivonete” naquele domingo que acordávamos tarde e não sabíamos onde comeríamos e de repente, recebíamos uma ligação nos convidando, aliás, convite recorrente da Fernanda também (fora natais, réveillons, páscoa e adjacentes, né fer?), de ter a casa de portas abertas por toda a semana recebendo amigos, íntimos, perdidos, uns que dormiam em casa, outros que só davam um “pulinho”, uns que me procuravam como advogada, outros como conselheira, uns até à beira de uma psicanálise, risos, difícil, difícil deixar tudo isso, difícil desconectar-me de uma vida, difícil ficar longe de minhas irmãs, com quem desde que me entendo por gente, tenho por perto, para reclamar, chorar, brigar e principalmente me apoiar, será difícil letks, lidi, deixar vocês.

Aos amigos que não citei, não se incomodem, vocês me conhecem, conheço pessoas diversas, de idades, finanças, interesses, tudo diferente, por isso nunca consegui juntá-los por total, mas tentei!
Como filha, queria ficar, como irmã também, como mãe, mais ainda pois sei a falta que vocês farão na vida da Maria e a que ela lhes fará, mas como esposa e como profissional, estou esperançosa, cheia de expectativas, de muito trabalho, de muita conquista, por isso choro e ainda muito chorarei, mas a vida é cheia de escolhas, e eu, escolho eu. Beijo no coração de todos, fiquem com Deus e fiquem de olho nas promoções de passagens de avião, porque daqui até lá, é chão! Tchau!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

resumo da crise dos 30, sem indiretas

Sabe qual é o meu problema??? O meu maior defeito de personalidade?
Eu quero que todos à minha volta, mesmo aqueles que sei que não gostam de mim, estejam bem, fiquem bem, vivam bem...
Traduzindo! Eu, querendo ajudar, ser boa, acabo sendo enxerida, intrometida, me meto em assuntos que não me pertinem, as pessoas me julgam muito mal por isso, achando que penso que sei tudo, que eu me acho e blábláblá...Por isso sou mal vista!
Eu tenho que largar de ser boba (não confundam bom, com bobo) e querer ajudar todo mundo, porque no fim, sempre sobra prá mim...E depois que a gente orienta, avisa, argumenta (isso porque a pessoa me procurou para saber minha opinião, e não porque fui exaurindo-a simplesmente) e acontece o que tentei evitar, sabe q dá vontade, aliás enorme, de dizer a famosa frase?
BEM QUE EU TE AVISEI!
Mas fico na minha e assim me manterei, enquanto estiver em suspenso, desisti!E a gente sabe, quando uma pessoa nos procura expondo uma situação nos pedindo opinião, é básico: se damos a dica certa e a pessoa o faz e dá certo, nem lembra que foi o fulano quem deu a idéia, mas se deu errado, “poutzzz grila, porque fui escutar os outros”.
As pessoas vivem suas vidas sempre culpando aos outros, nunca assumindo suas próprias responsabilidades.
O inferno tá cheio de boas intenções, e eu cansei de ser julgada!Por fim, coloquei na cabeça que não são os outros que estão errados, a errada, SOU EU!
FELIZ 2011!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

finaly


É, isso mesmo, finaly, finalmente, finalmente inauguro este blog. Aliás a idéia deste fora de uma das pessoas que justificam seu título, sua idéia inicial, Letícia minha irmã, que sempre curtiu meu modo exonerado, extrovertido, por vezes frenético de expressar sentimentos, pensamentos, ocasiões. Entretanto, eu entraria para o Guinnes se houvesse a categoria “MAIOR TEMPO ENTRE ABERTURA E ESCRITA EM BLOG”, pois foram quase 8 meses neste ínterim, acreditam? Pois é verdade...
Feita as considerações, vamos aos trabalhos.
Pessoa mais importante do mundo. Para alguns o título refletiria o significado que algumas pessoas assumem na vida de outras, seu grau de importância, mas esse não é o destino deste blog, aliás no fim, talvez nem o que irei esclarecer o seja. Serei mais clara, aos poucos.
A idéia do título reflete diretamente na discussão de um tema tão "importante" quanto a palavra nele inserido. Você conhece alguma pessoa que, toda, toda vez que você à procura, liga, aparece, seja no real ou no virtual, ela sempre, SEMPRE, está ocupada? Saindo/entrando de uma reunião, finalizando um trabalho com prazo peremptório, preclusivo, prescricional (seja qual for sua área de atuação???), pagando contas vencidas, conversando assuntos inadiáveis, comprando ítens urgentes, ufa, ufa, enfim..., a pessoa nunca está disponível. Pois então, eu conheço! E não apenas uma, mas inúmeras. Confesso que já tentei de todas as formas entendê-las. Será pelo ritmo da vida moderna ou pelo fato de que se mostrando inacessíveis daí sim assumem um grau de importância no meio em que estão inseridas?
Seja por um ou outro, ou mesmo pelos dois motivos, ou por outro que agora me tenha fugido, declaro: cansativooooooo! E é em homenagem à estas pessoas que inauguro este, no estilo finaly, finalmente!