Evoluída ou involuída?
Estou num momento de minha vida de inúmeros e incontáveis questionamentos humanos. Fico assim, parada observando o mundo e as pessoas e me sinto todo o tempo fora de tudo isso. Minha essência me impede em absoluto compreender os motivos de tanto egoísmo, deslealdade, roubo, enganação, traição, ganância, corrupção...me sinto violentada todos os dias e não consigo parar de observar o mundo e as pessoas. Sou incapaz, incapaz de entender, compreender e perdoar aquilo que sou incapaz, incapaz de fazer com o outro. Sou incapaz de entender o conceito de uso dos seres humanos. Eu uso roupas, uso perfumes...não uso situações para me beneficiar, pessoas para me engrandecer. O "uso" que é feito diariamente de uns pelos outros me agride frontalmente. Me fere! Sinto como se fosse uma ferida aberta que nunca cicatriza, só se aprofunda mais. Não consigo entender o consumo, o consumo humano, humano não se consome, mas se conforta, se agrega. Sinto-me completamente e irrestritamente fora de tudo isso que possuímos hoje como convívio humano. Não consigo enxergar um resquício de humanidade nas pessoas, na sociedade que aí está. As pessoas agem, fazem, mentem, iludem tudo para benefício próprio. O pior sentimento humano, não é a inveja, mas o egoísmo, pois ele sim nos leva à todos os demais péssimos de agir. Me sinto exausta, deformada, inconsistente, pois o meu agir, o meu pensar, o meu fazer é o oposto de tudo que vi, que vejo, que fazem e que fizeram comigo. Fico por fim, com toda essa exaustão, sempre me confrontando e não encontro resposta: sou evoluída ou involuída demais para fazer parte, viver nesse mundo que aí está? Alguém poderia me tirar essa angústia? Uma certeza tenho, a minha essência, o meu ser humano é o pior de todos para viver no que hoje possuímos de realidade, pois impossível se adaptar à tudo isso sendo eu. É difícil ser eu, é quase impossível ser eu. Não há como ser feliz sendo eu. Estou cansada, estou exausta dos seres, quero os humanos!
Faço minhas suas angústias, afinal, temos os mesmos princípios...
ResponderExcluir